SOBRE O PROJETO:

Trata-se de um projeto em que várias plataformas se juntam para a construção de material áudio-visual, plástico e textual, que se integrarão dentro de um blog na internet, com acesso aberto. O material audiovisual – curtas que se entrelaçam montando um quebra-cabeças de episódios – também está destinado a festivais, mostras e outros meios . (Leia mais em "Proposta-Base")

Obra Aberta: Todos são convidados a enviarem textos, idéias, referencias, fotografias, vídeos, que possam compor o material final.

Para leerlo en castellano: http://proyectoviajeros.blogspot.com

POSTAGENS:

sábado, 8 de agosto de 2009

Além de Jonas Mekas fazer seus trabalhos como diários (em relação aos registros de viagem - a imagem como rastro), aqui ele demontra um ponto de vista que vai além da relação corpo-espaço, chegando ao limite da percepção, quando a relação passa a ser câmera-espaço, ou olho-espaço. Evoca sensações audiovisuais que colocam a câmera como centro da percepção e posiciona as referências de maneira periférica. É, sem dúvida, uma maneira de buscar o "desconhecido" em cada fotograma, buscar a surpresa, o instante. Cega o espectador para que ele possa ver ainda mais.



"Walden - Diaries, Notes and Sketches", Jonas Mekas.

2 comentários:

  1. Yo tampoco te conozco y ya me gustás. Genio.

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  2. CONTA DE ENERGIA

    Vim no ônibus pensando em como eu construí, e sinto hoje, amor pela cidade. Que eu passei da condição de "enamorada" para a de "amante". Pensei que - como com as pessoas - depois de quase quatro meses, minha relação com a cidade tinha amadurecido.
    E foi bem nesse momento que ela me mostrou seu outro lado. Longe dos jardins com flores e das folhas de plátano pintadas meticulosamente com as cores do outono, ela resolveu me mostrar seus defeitos. Talvez, justamente porque já chegamos até aqui, já nos sustentamos em tantas situações, agora posso ver isso: dois homens bem vestidos roubando um velhinho no ônibus.
    E é aí que eu também lhe mostro meus podres: olhei a cena e voltei em silêncio para o meu lugar. Não avisei o velhinho nem a cidade que algo feio estava se passando.
    Mais uma vez, fomos cúmplices.

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